Desde pequena dizia que ia trabalhar com desenho, mas pra chegar até aqui passei por um monte de coisas. Inclusive lá pelos 10 anos parei de desenhar e achei que nunca mais voltaria. Ingressei na faculdade de arquitetura, na de matemática e só em 2014 achei uma que realmente me motivou a criar raízes: Artes Visuais!
Hoje sou uma Artista Visual formada pela UFRGS, cada dia me perguntando mais pra que me serve esse título. Na teoria, pra absolutamente nada, mas o tanto de bagagem acumulada nesses anos dentro do Instituto de Artes é imensurável. Pra além do amor pela arte acadêmica, pela arte contemporânea e por tudo aquilo que sem ter lido sobre eu não entenderia lá dentro do museu, aprendi a me expressar de formas diferentes e a ajudar os outros a se expressarem também.
Meu trabalho é cheio de afeto - e isso não é uma simples propaganda bonitinha. Abraço projetos que me despertem sentimentos e que me façam ter vontade de fazer (p)arte. Preciso entender o que move cada projeto pra então poder criar em cima dele. Converso, pergunto, peço ajuda. Meu processo inclui aquele que me contrata o tempo inteiro. Procuro sempre fazer algo que tenha a ver com aquilo que o cliente quer, sem perder completamente aquilo que eu sou e crio. Tem afeto, tem carinho, tem dedicação e tem trabalho. Muito trabalho.
Outra parte muito importante da minha vida é a música! Hoje faço parte do maior bloco de carnaval de Porto Alegre como surdista, o Bloco da Laje. Para além da vivência coletiva maravilhosa que é o carnaval, a experiência no bloco me faz crescer também como artista, já que me responsabilizo também pela comunicação do coletivo.
Como a boa geminiana que sou, faço um pouquinho de tudo.
